segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O teu silêncio

O teu silêncio



O teu silencio

Corta-me o teu silêncio,
No meio do meu peito...
Como navalha amolada
Cortando aos poucos...
Cruel e gelada.

O teu silêncio me apaga
A única chama que me resta
A única luz que me arrebata

Um silêncio que me cala...
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos,
No nó que me enrosca.

O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir,
Arde como brasa dentro de mim,
Teu silêncio é como fogo
a me consumir.

E nas chamas deste teu silêncio
Resta-me falar por ti...

A morte

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Tu que choras sobre um tumulo mórbido
E na madrugada lamentas a morte
E nada acalenta o seu sofrimento sórdido
Ignorando a própria sorte.

Tu que já não sentes a suavidade sufocante
Nem o pranto que na face pálida rola
Só a dor e o sofrimento angustiante
Pois, é a sua alma sombria que hoje chora.

Eu, enfim, velo por seu livramento
Mas preciso pagar pelos meus pecados
Portanto, não quero fazer julgamentos
O meu espírito não foi exorcisado.
๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Poemas góticos.


O FAROL DO FIM DO MUNDO

                                                  a ti, senhora, que reencontraste o lar

Em uma ilha muito distante, em pleno mar do fim do mundo,
como é conhecido o estreito de Drake, onde o mar é sempre
agitado por tormentas e o vento ríspido e gélido proveniente
das regiões glaciais da Antártida, existiu há muito tempo atrás
um farol numa pequena ilha próxima a terra do fogo.
Aquele farol era o único naquelas paragens desérticas distantes
do resto do mundo. Era a luz daquele farol que em noites
de mar escarpado, trazia aos marinheiros que por ali vagavam,
a esperança de uma chegada segura no estreito, até a saída
do canal onde seguiriam em sua viagem rumoas águas do pacífico.
No farol viveu por muito tempo um faroleiro juntamente com
sua família – sua mulher e um filho de pouco mais de cinco anos.
Anos após anos seguidos em uma rotina imutável, vendo passar
no horizonte distante, os navios
errantes e o mar impiedoso e atroz.
O farol nunca falhava. Tormenta após tormenta ele sempre estava lá,
emitindo sua luz âmbar em todas as direções daquele horizonte sempre
cinzento, encoberto por neblinas densas. Mais anos e anos
se passaram e um dia a mulher do faroleiro, na varanda do farol,
com os olhos voltados em um ponto qualquer do grande mar, enquanto
dormiam seu marido e filho, desceu até a pequena praia que ali havia,
e olhando compenetrada o gigante gelado, tomou-o pelo jardim de sua
casa que quando menina lá morava, e que agora sua mente a trazia de
volta, e no mar entrou, para o jardim voltou e de lá nunca mais saiu.
Seu esposo e filho nunca mais retornaram a vê-la.
Os anos continuaram vindo, lentos e infalíveis.
Até que em certo momento
alguma coisa pareceu ter acontecido.
O tempo era sempre lento, e a vida
no farol era como um quadro pintado, parecia não mudar com o tempo.
Era sempre a mesma imagem, o mesmo retrato. Mas um dia parece que
alguma coisa havia mudado. De repente o garoto cresceu sem se aperceber,
e agora já era adulto. Foi essa mudança que o fez notar o tempo retratado
no corpo do seu velho pai. Estavam lá as marcas de todos os anos de sua
vida no farol. Cada ruga, cada cabelo branco contava um cotidiano de uma
história que ao longo do tempo foi uma só. Dia após dia a mesma história
durante décadas, e agora parecia serem tão notórias essas evidências do
tempo marcada na pele do seu velho pai. Pensava isso certo dia quando
via o velho sentado na varanda do farol, como fazia todos os dias de sua
vida ali. Então o rapaz se apercebeu do seu destino. E sua mente, como
o reflexo da luz do velho farol, se iluminou dentro de sua própria alma, e
pela primeira vez veio um medo interior que o fez sentir-se um ser esquecido.
Vieram velhas lembranças à sua mente: sua mãe, uma rua, uma casa, algumas
outras crianças...
E viveu o rapaz dali em diante com uma tristeza que nunca mais lhe sairia dos
olhos.
Passaram alguns meses e chegou um certo dia em que as provisões acabaram,
e o pequeno barco que todos os meses ali encostava para lhes suprir, havia
uma semana não aparecia. Estavam à mercê do destino. O isolamento era total
e não havia outro transporte senão uma pequena e velha canoa que usavam
para pescar próximo às margens e que há muito não usavam. A sede era a pior
de todas as dores, superando a da fome. O desespero fez com que bebessem
água salina do mar, o que lhes aumentava a desidratação. O pânico se acercava
do pai e do filho, até que no amanhecer de um outro dia, apenas um o sentia
por inteiro com todos os seus terrores. O velho havia morrido.
Sem forças para descer o velho do farol, e enterrá-lo, o rapaz o sentou na
cadeira da varanda como sempre o velho fizera por todos aqueles anos,
e lá o deixou. Desceu vagarosamente a longa escada em espiral, arrastou
a pequena canoa até a margem do mar, subiu e a empurrou até mais fora
da praia e nela deitou-se com os olhos voltados para o céu. Um instante
depois com grande esforço sentou-se e buscou seu olhar pela última vez,
o farol. E lá avistara o velho farol e seu velho pai, sentado como se tivesse
o observando e de algum modo, querendo dizer-lhe algo em um lamentoso
adeus. Então deitou-se novamente. Não havia mais nenhum vestígio de forças
no seu corpo. Entregara-se de vez ao destino infeliz que a vida o premiara.
E assim as correntes o levaram ao mar aberto até sumir como um pontinho
escuro no horizonte.
Depois de muito tempo de existência, naquela noite o farol não acendeu.
Sua luz âmbar nunca mais voltou a iluminar a escuridão das noites daquela
parte do mundo.
E o tempo passou...Décadas e mais décadas, ninguém voltou a por os pés
naquela pequena ilha do estreito de Drake. As ondas do mar cavavam
ano após ano, a base do velho farol. O mar avançara lento, lento.
As pedras de seus alicerces já começavam a aparecer junto com suas ferragens
que a salinidade do mar destruía dia após dia, um após outro a cada vergalhão
da construção. E o tempo passou e passou e o mar avançou e avançou, até que
um dia o velho farol fraquejou sob seu peso e a fúria das intempéries glaciais
e por fim, caiu. E seus escombros até hoje estão lá, sob as ondas do mar gélido
de drake, na terra do fogo.
Um lugar chamado de fim do mundo,
porque ali é a terra que o mundo e o tempo esqueceram.

Poemas góticos.

Pelo Sinal da Santa Cruz



Desato os nós no emaranhado dos dias
cruzos os desafios, não me entrego a covardia,
a força que me mantém é a esperança que me guia
A luz que me iluminaé a chama que trago em meu peitosempre acessa e viva.Nada me detém,nada me crucifica,suplico aos céussuplico pela vida
Eu grito no infinito...
rogo pelas dores com a voz de um aflito!
De joelhos eu não me entrego
neste chão de labirintos.
Não quebro, não me estilhaço
feito cacos de vidro,
eu me refaço me fortaleço
livro-me das correntes do medo
livro-me do malifício
O PODEROSO CAMINHA COMIGO
FAÇO O SINAL DA SANTA CRUZ
LIVRANDO-ME DOS INIMIGOS.

Poemas góticos.

Amor e Ódio

Eu te amo, com todo ódio que te tenho
Amo com o mais suave dos venenos
com o mais doce sentimento
com a dor mais profunda
de alguém chora em silêncio

****
Eu te amo....
com todo ódio que te tenho!
amo como a fragilidade de uma flor
amo como a força de um guerreiro.

****
Eu te amo
e te odeio!
com todos os sentimentos
como a tempestade que passa
como o assobio de um leve vento.
****
Eu te odeio, porque amo demais
este amor que te tenho!

Poemas góticos.

Calafrios




Calafrios

Transpiro de pavor, o medo me percorre a espinha...
Alastrando-se dentro de mim o calafrio que me habita.
Faz frio aqui dentro...
Pedra de gelo...
Holocausto e fobia.

Rezo um terço, rogo ave-maria
Com as mãos tremulas segurando as contas frias,
Dedilhando em cada prece, suando frio,
Clamando pela luz divina.

Calafrios...
Que me percorrem a espinha,
Pelas preces não ouvidas,
Querem calar meus lábios,
Secar minha boca fria.

O terror me imobiliza,
Imóvel eu fico buscando uma saída
Olhos paralisados no tempo
Lágrima congelada e aflita.

Choro sangue por dentro
Que me escorre pelas vísceras
A dor que emana em mim é cruel e ímpia.

Calafrios...
O Pai da Luz te excomunga
Para que a fé sobreviva...
Neste peito congelado
Que ainda resta vida.

FRASES GOTICAS

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